01/12/2014

autor do mês de dezembro

Charles Dickens

 

Charles John Huffam Dickens foi o mais popular dos romancistas da era vitoriana e contribuiu para a introdução da crítica social na literatura de ficção inglesa. A fama dos seus romances e contos pode ser comprovada pelo facto de todos os seus livros continuarem a ser editados. Entre os seus maiores clássicos destacam-se: "Oliver Twist", "A Christmas Carol" e "David Copperfield".


Dickens era filho de John Dickens e de Elizabeth Barrow. Educado pela mãe, apaixonou-se pelos livros. Durante três anos, frequentou uma escola particular. Contudo, o seu pai foi preso por dívidas e, ainda adolescente, Dickens teve que trabalhar numa fábrica que produzia graxa para sapatos.

Alguns anos depois, a situação financeira da família melhorou, graças a uma herança recebida pelo pai. Mas a sua mãe não permitiu que ele saísse logo da fábrica, o que fez com que Dickens não a perdoasse por isso. As más condições de trabalho da classe operária tornar-se-iam um dos temas recorrentes da sua obra.

Em 1827, Dickens começou a trabalhar num cartório. Apaixonado pela filha de um banqueiro, Maria Beadnell, suportou a desaprovação do romance pelos pais da moça.

Em 1832, conseguiu um emprego como repórter no jornal "Morning Chronicle". Passou a publicar crónicas humorísticas sob o pseudónimo de Boz, reunidas mais tarde como "Esboços feitos por Boz". Com isso, Dickens ganhou espaço no jornal para apresentar os capítulos de "As Aventuras do Sr. Pickwick", que estabeleceu o seu nome como escritor.

A 2 de abril de 1836, Dickens casou-se com Catherine Hogarth, com quem teve dez filhos. Dois anos depois, começou a divulgar, em folhetins semanais, "Oliver Twist" onde, pela primeira vez, apontava os males sociais da era vitoriana. O romance era ilustrado por Cruikshank.

Em 1838, Dickens escreveu "Vida e Aventura de Nicholas Nickleby", e, depois, "Loja de Antiguidades" (1840), "Barnaby Rudge" (1841) e "Martin Chuzzlewitt" (1843/44), escrito após uma viagem aos Estados Unidos.

Em 1843, publicou o seu mais famoso livro de Natal, "A Christmas Carol", ao qual se seguiriam outros, como "The Chimes" (1844), que escreveu durante uma viagem a Génova e "O Grilo da Lareira" (1845). Em 1849, publicou um de seus mais conhecidos romances, "David Copperfield", inspirado em grande parte, na sua própria vida. Aos poucos,a sua obra tornou-se mais crítica em relação às instituições inglesas. Seguem esta linha os seus livros "Assim São Dombey e Filho" (1847), "A Casa Sombria" (1852) e "Tempos Difíceis".

Dickens separou-se da sua mulher em 1858. A causa da separação teria sido a atriz Ellen Ternan, que acompanhou o escritor até ao final dos seus dias, apesar de a união nunca ter sido reconhecida oficialmente.

Dickens escreveu ainda "História de Duas Cidades" (1859), "Grandes Esperanças" (1861) e "Nosso Amigo Comum" (1864). Nos últimos anos de sua vida, iniciou o livro "O Mistério de Erwin Drood", mas morreu antes de concluí-lo.



Charles Dickens teve provavelmente mais influência no modo como hoje celebramos o Natal do que qualquer outra pessoa na história… excepto Uma.




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