2021/2022
Estamos de volta a esta página.
Hoje vamos publicar os trabalhos realizados pelos alunos de Filosofia no âmbito do Dia Mundial da Filosofia que se celebrou no dia 18 de novembro.
Alegoria da Caverna - Platão
O Panoptismo - Foulcaut
Português
Trabalhos/Textos produzidos por alunos do 8º e 10º anosProfessora Isabel Prates
Empresta-me o Teu Coração
por Diogo Ventura nº7 8ºB
Era
uma vez um serial killer que era impiedoso. Ele era um
assassino de ementa, quem tivesse algum problema com outra pessoa, desde sogras
insuportáveis até ao patrão do trabalho, ou odiozinho de estimação, ele tratava
do assunto, mas claro, tudo ao preço apropriado, até porque ele tinha uma
grande oferta de serviços que além da morte simples incluíam tortura,
arrancamento de unhas ou membros, enfim, o que conseguir imaginar …
Um
certo dia, quando ele estava prestes a premir o gatilho e resolver o problema a
alguém, ele sentiu uma dor horrível no coração, que nem mesmo as pessoas que
ele matava deveriam sentir. Primeiro pensou que fosse um ataque cardíaco, mas a
dor foi momentânea por isso estava riscado das hipóteses.
Por
essa razão ele decidiu ir ao médico. Depois de muitos exames o médico
finalmente percebeu o que ele tinha. O coração estava a falhar e se não fosse
transplantado rapidamente, dentro de pouco tempo ele já não seria capaz de
matar ninguém ou, usando um eufemismo, ia fazer companhia aos anjinhos. Ou aos diabinhos,
se o passado contar na avaliação final.
Surpreendentemente
ele não ficou triste, porque como ele já tinha matado tanta gente, até não se
importaria de ir a seguir, pois já não vivia a vida, apenas vivia a rotina
interminável dos dias.
O
tempo foi passando, e ao fim de um mês, quando apenas restavam meros dias para
ele se ir embora do mundo dos vivos, o médico ligou-lhe muito eufórico a
dizer-lhe que havia um coração pronto para o transplante.
Ele
foi de imediato para o hospital, a operação correu bem e ao fim de alguns dias ele já estava pronto para
matar mais pessoas…
Nessa
mesma noite ele voltou a mirar para a cabeça de uma pessoa, mas quando ia
premir o gatilho havia alguma coisa a prendê-lo, inexplicavelmente ele já não
conseguia matar e isso era mau para o negócio!
Mas
o que tinha mudado?
Apenas
o coração, claro!
Muito
intrigado ele foi investigar para descobrir a quem pertencia o coração.
Depois
de muita investigação ele descobriu que...o coração que ele recebeu pertencia a
uma freira, que tinha escorregado e batido com a cabeça, foi assim que ela
tinha morrido.
A
partir daquele mesmo momento ele prometeu a si mesmo que não voltaria a matar.
Assim foi, ele agarrou na segunda oportunidade que recebeu junto com o coração
e construiu uma vida honesta.
Avó…
por João Teles, 10º B
O amor que cega,
A verdade que fortalece,
A intriga que acresce,
E tu que apareces.
Sim, tu!
A mulher dos meus olhos,
A chama do meu fogo,
A sanidade da minha alma,
O apreço do meu folgo.
Três letras descrevem o meu amor,
Descrevem a minha alegria,
Descrevem o meu êxito,
Descrevem o indescritível.
Tento parecer que seja brando,
Aceno para que seja visto,
Toco para que seja sentido,
E chamo para que seja ouvido.
Não me esqueço,
Não me levam,
As memórias que peço,
Aos segundos que te restam.
Histórias de fundo de cama,
Passeios intermináveis,
Dominados pela leitura,
Abençoados pela ternura.
Tudo o que me disseste,
Tudo o que me mostraste,
Aquilo que me apontaste,
Os segredos que revelaste.
Minha senhora que me tem cativo,
A minha luz reaparecida,
O seu belo rosto me chocava,
Na sua alma desaparecida.
Quando deus te quis levar,
Não foi decisão merecida,
Mas ele assim quis optar,
Levando a tua alma divina.
Textos produzidos pelos alunos em Oficina de Escrita.
Tentativa de definição de amor, depois de estudado o soneto
de Camões “Amor é um fogo que arde sem se ver”.
Amor é um sentimento, é coisa que se sente e não se vê. Quem
sente o amor protege e cuida.
Paulo, nº 16, 8º B
O amor é coisa que se sente
E não se consegue ver,
Às vezes é só contente
E outras pode doer.
Alexandre Pedro, nº 1 (º B
Amor é viver, ver os meus filhos crescer.
Amar e ser amado, ser teu namorado.
Ser a luz da pessoa, guiá-la no escuro.
É envelhecer juntinhos e abraçados
E é assim que desejamos morrer.
Amor é todos os sentimentos juntos num só,
É mais que ciência,
É duas pessoas numa apenas.
Diogo Pinto, nº 8, 8º B
Amar alguém é estar disposto a sacrificar-se para que essa
pessoa fique bem, é dar amor sem exigir retribuição, é proteger, é cuidar.
Mariana Portela, nº 13, 8º B
O amor, a amizade, a lealdade são sentimentos que se ganham
com o tempo e não se compram, nem se vendem.
André Moreira, nº 4 8º B
Amor é como estar a correr numa floresta, tropeças numa raiz
de árvore e cais com a cara no chão. O amor é a raiz, a pessoa que se ama é o
chão, que está lá sempre, pronto a apanhar-te, quando cais.
Inês Rodrigues, nº 10, 8º B
Amor é confiar no outro de olhos vendados, caminhar no fogo,
ser capaz de dar tudo a essa pessoa.
Amor é ouvir o nome da pessoa e o nosso coração disparar.
É não ligar ao que os outros dizem e confiar no nosso
instinto e não nos olhos dos outros.
Amor é sentir e não ter definição possível.
Rafaela Fernandes, nº 18, 8º B
O amor é principalmente a amizade, porque a base de um
relacionamento é a amizade e a confiança!
Amor é quando duas pessoas sabem que o que sentem é verdade
e têm vontade de estar sempre com a pessoa amada. Mas também há outro tipo de
amor, que é por exemplo o amor que eu sinto pela minha mãe e pelo meu pai, que
nem eu própria sei explicar, mas é uma coisa única, é um reconforto, eu não
sei, mas de uma coisa tenho a certeza: nesta vida os nossos verdadeiros amigos
são incondicionalmente os nossos pais.
Catarina Lima, nº5, 8º B
Amor é um sentimento.
Pode ser sentido à distância ou por perto. Junta a proteção,
o cuidar, o acarinhar, o estar sempre lá. É um sentimento de pai, de mãe, de
irmão, namorado, colega, colega de equipa. Mas o amor é sobretudo a vontade de
entreajuda e união, nos momentos mais difíceis da vida de cada um.
Tiago Rocha, nº 21, 8º B
O amor provoca vários sentimentos,
é melhor que os 10 mandamentos,
o amor é pior que nada,
mas é melhor que uma rabanada.
Marcelo Martins, nº 12, 8º B
Amor é sentir preocupação, felicidade, tristeza, lealdade,
amizade, ansiedade, vontade de chorar e de rir, tudo junto e ao mesmo tempo.
Amor é sonhar acordado.
Catarina Fonseca, nº6, 8º B
O amor é um sentimento inexplicável e pode assumir várias
formas e sentidos.
A amizade consegue ser uma das formas mais puras e intensas
de amar, pois os amigos são mais facilmente eternos do que as namoradas e do
que aquelas amigas coloridas…
O amor pode ser um problema cardíaco, porque quando tu vês
aquela pessoa o teu coração começa a acelerar e cada vez bate mais depressa,
até chegar ao ponto de explodir.
Ou então amar é simplesmente o mecanismo que todos os seres
vivos arranjaram para não passarem a sua vida sozinhos.
Diogo Ventura, nº7, 8ºB
Amor é a única coisa que não se pode comprar,
Amor é o infinito da equação dos nossos sentimentos,
Amor é o sonho da nossa realidade.
Alexandre Albernaz, nº2, 8º B
O amor dá-se, não se empresta!
E não se vê, sente-se apenas.
Nuno Neves, nº15, 8º B
Amor é dar todo o carinho e proteção a alguém e fazer tudo
por essa pessoa, mesmo que esteja errado.
Miguel Almeida, nº 14, 8º B
Há vários tipos de amor.
Aquele que nasce com uma amizade,
Aquele que enriquece com o passar dos anos
E o que dura para sempre.
O amor não se força,
Conquista-se com o tempo
E assim nos apercebemos
Como gostamos, quanto gostaremos.
O amor morre numa altura
Em que ninguém morre de amor.
Devemos seguir o nosso coração
E não a língua da multidão.
Daniela Chaves, nº3, 8º A
Discriminação
por Catarina Lima, nº5, 8º B
Numa escola havia um rapaz de raça negra que era pobre e vestia a roupa
que lhe davam e ele era gozado por isso.
Todos os dias havia comentários do género: "azeiteiro" ;
"cuidado, vejam lá se não escorregam no azeite". Como é óbvio ele senti-se
mal e inferiorizado.
Enquanto os meninos tinham o armário cheio de roupa ele nem um armário tinha!
Eu detesto ver este tipo de coisas, porque as pessoas que criticam não sabem o
que ele passa para não andar descalço ou simplesmente para ter um prato de sopa
na mesa! Eu costumo dizer que as pessoas não têm rótulos nem marca, todas são
feitas de carne e osso.
Quanto à discriminação a minha opinião é que esta não faz sentido e que todos
deveriam estar atentos, não permitir e não fazer.
Para além da vida
por Rafaela Gomes Fernandes, nº 18, 8ºB
Chovia
torrencialmente. Não se via ninguém nas ruas e João já percorrera toda a cidade
à procura de abrigo. Por fim avistou uma loja muito colorida de doces, que
parecia chamar por ele.
Quando
ele se aproximou, a porta abriu-se. Ele entrou cuidadosamente, pois receava que
a sua roupa ensopada tornasse os seus passos mais pesados e que alguém o
ouvisse.
Na loja existiam umas escadas
antigas e gastas, que pareciam dar para outro lado completamente diferente, um
lado sem cor, sem vida e sem alegria. Mesmo assim, ele decidiu subir,
cuidadosamente, e quando atingiu o cimo das escadas viu um raio de sol, que
cegava.
João questionava-se de onde viria
aquele raio tão forte e tão quente, já que estava a chover e não havia sinais
de sol no exterior.
Ele
entrou por aquela porta, que parecia querer ser aberta e sentiu as suas roupas
e a sua alma mais leves.
Deparou-se
com dois caminhos, um situado à sua direita e o outro à sua esquerda, o que lhe
trouxe memórias de quando era mais pequeno e a sua mãe lhe perguntava “ verde
ou vermelho?”, “morango ou chocolate?”, perguntas simples, mas às quais ele não
sabia responder, pois ela fazia com que as coisas mais simples se tornassem um
bicho-de-sete-cabeças.
Após
este momento de indecisão, ele optou pela direita, pois sentia que deveria
seguir o lado mais chamativo e que ele pressentia que era o correto.
Pensava
na razão para estar ali e o motivo pelo qual se sentiu atraído por aquela loja,
quando chegou ao fim do caminho e acordou.
Viu-se
deitado na cama de um hospital, com muitos fios ligados a ele. Percebeu que
aquilo não passara de um sonho. Ficou a olhar para o teto branco, sem vida e
sem cor, tentando perceber o significado do sonho.
O
médico chegou, deu-lhe injeções, cuidou dele sem dizer uma única palavra.
Dirigiu-se para a porta, voltou-se e olhou João nos olhos. Vislumbrava-se no
seu olhar tristeza e pena.
Quando
ele deixou o quarto, a mãe de João chegou. Falou com ele e perguntou-lhe se
voltara a ter sonhos. João não respondeu, com receio de que a mãe falasse com o
médico e armasse confusão. Como ela não obteve resposta, beijou-lhe a testa
quente e foi-se embora. João ficou sozinho.
Ele
tinha medo de voltar a adormecer, pois sabia que eram alucinações. João não
tinha medo delas, mas receava que aquilo fosse o seu futuro.
Há
já dois anos que ele estava internado naquele hospital, devido à doença que
tinha, cancro, o maldito que já lhe tinha roubado alguns amigos e familiares.
Ele
sonhava muitas vezes com a liberdade, ou apenas com o sair daquela cama de
hospital.
João
fazia de tudo para não se sentir doente, aliás quando lhe perguntavam se estava
doente, ele negava. Dizia que o corpo estava “numa ligeira mudança”, mas a
mente estava limpa e forte como sempre foi.
Antes
de ficar doente, João era um jovem ativo, popular e adorava a vida. Todos os
dias, no caminho para a escola, passava pela loja de doces e sentia-se feliz
com o colorido, mas não sabia porquê. Ele sempre quis lá entrar, mas a loja
estava fechada, então era impossível.
Desde
que ficou internado, sonhava com essa loja sem saber bem porquê.
No
dia 24 de março, o João ficou pior. As alucinações estavam cada vez mais
intensas e o seu corpo cada vez mais fraco. Nesses dias ele pensava muito se
seria o seu fim, pois ouviu a sua mãe falar com o médico, do lado de fora do
quarto onde estava internado.
Ele
ouvia chorar, um choro descontrolado, igual ao da mãe. Preocupado, chamou-a.
Era mesmo a mãe, ela entrou no quarto com a face avermelhada e os olhos
inchados. Sentou-se do lado esquerdo da cama, abraçou-o e disse “Vai ficar tudo
bem!”. Mas João sabia que aquilo era mentira.
Ele
já não se sentia o mesmo, pois já nem era capaz de ir à casa de banho sozinho.
Sentia-se incapacitado, mas não deixava que isso o diminuísse. Ele esforçava-se
por ser autónomo, mas acabava por cair. As enfermeiras iam a correr para o
ajudar, mas ele recusava sempre essa ajuda.
Então
João decidiu começar a desenhar. Transpunha para o papel os sonhos que tinha
com a loja de doces. Ele escondia os desenhos debaixo do colchão, porque era um
sítio seguro, onde ninguém mexia.
Na
semana seguinte, João sonhou com uma rapariga, sem cabelo como ele, pequena,
mas feliz. Ela parecia chamar por ele, por isso ele seguiu-a. Percorreram
caminhos obscuros sem saber o destino. Ele perguntava-lhe o nome, mas ela
continuava a caminhar em direção à luz, ignorando as suas perguntas. Quando
chegaram a um caminho estreito, viam-se muitos pontos luminosos. João tentou
tocar na menina e acordou. Olhou em seu redor e viu muitos médicos à sua volta.
Voltou a ouvir o choro desesperado do outro lado da porta.
Quando
os médicos o viram acordado, afastaram-se da cama e chamaram a sua mãe. Ela
chorou compulsivamente, abraçada a ele. Ele tinha tido um ataque e os médicos
tinham dito que ele não sobreviveria. Ela beijou demoradamente o seu filho e
disse-lhe “Nunca te vou deixar!”.
Todos
os dias, João pensava no sonho que tinha tido. “Quem seria aquela menina?”,
“Onde o levaria?”. Eram perguntas que não lhe saiam da cabeça.
No
dia 13 de julho, João voltou a sonhar com a menina, mas agora o sonho não
acabara ali. Ele tocou na menina. Foram os dois de mãos dadas para um sítio com
muitas outras crianças iguais a ele. Sentia-se em casa… Ele não conseguia sair
daquele sonho, então deixou-se levar…
O
dia 13 de julho foi marcante. João falecera.
Todos
estavam destroçados no seu enterro. As pessoas choravam, estavam marcadas pela
tristeza. A mãe de João ajoelhou-se em frente à campa do seu filho e chorou
desesperadamente. Não conseguia aceitar que o seu filho, uma criança tão ativa
e alegre, tivesse acabado assim.
Passados
alguns dias, a mãe de João foi buscar as coisas dele ao hospital. Quando entrou
no quarto, viu uma caixa com todos os pertences do seu filho. Tirou uma camisola
verde, que ele adorava, agarrou-se a ela e chorou, caindo de joelhos em frente
da cama. Uma enfermeira aproximou-se dela e deu-lhe uma folha amachucada. Ela
não a desdobrou até chegar ao apartamento onde vivia. Sentou-se na escrivaninha
do escritório, deu um grande suspiro e abriu-a.
Era
um desenho que João tinha feito. A loja de doces. Ela olhou fixamente o desenho
e chorou até as lágrimas lhe secarem nos olhos. Decidiu que, daí em diante, não
choraria mais.
Compraria
a loja de doces e reabri-la-ia, pois o seu filho estava naquela loja, ela
sentia-o.
Quando
se preparava para a inauguração, ao pendurar o desenho de João na parede
principal e mais visível da loja, ele caiu. Quando ia apanhá-lo, a folha estava
virada do lado contrário. Ela ficou estupefacta, emocionou-se, mas ao mesmo
tempo sentiu a sua alma mais leve.
Na
folha estava escrito “Agora sou eu que nunca te vou deixar. Com amor, João.”
Situações de discriminação social
por Catarina Fonseca, 8ºB, nº6
Algumas das situações de discriminação acontecem nas escolas. Não só a
discriminação social, mas também a discriminação racial e religiosa.
Nas escolas os adolescentes discriminam os
colegas pela aparência, pelo modo de vestir, pela cor de pele, pela forma de
falar e pela deficiência física. Por exemplo, na nossa escola existem grupos de
amigos que não falam para os colegas, porque estes não têm roupas de marca e
não estão na moda. Ou então são alunos com mobilidade reduzida e por não
poderem caminhar como os outros há um pequeno preconceito, e poucas pessoas
conversam com eles.
Na minha opinião, qualquer tipo de discriminação
é injusta pois não é o aspeto que define uma pessoa. Não é por a pessoa ser
gorda ou magra, por vestir roupas de marca, por ser de cor negra, branca ou
amarela, por ter mobilidade reduzida, problemas de visão ou de audição, que
passa a ser uma pessoa inferior às outras. Estas pessoas merecem também ser
intergradas na sociedade, ter amigos, fazer coisas normais, como qualquer outra
pessoa.
As pessoas discriminadas também têm
sentimentos, têm sonhos, têm medos, têm esperança de que um dia a sociedade os
olhe e trate como pessoas normais que são.
A discriminação não passa de uma ideia
estúpida de que as pessoas diferentes são pessoas inferiores. Somos todos
diferentes, não existe inferior ou superior. O que de facto nos define é a
forma como tratamos os outros!
Violência
no casamento ou no namoro
por Susana Almeida Nº20 8ºB
Muitas vezes, num casamento, há violência pela
parte do homem.
Isto acontece porque esses homens não
aguentam ver as suas esposas a falar com outros homens, ou porque ela chega a
casa tarde, ou porque simplesmente esses homens são brutos e lhes batem porque
querem!
Antes do casamento e um pouco depois,
eles agem de uma forma muito fofa e romântica com a namorada ou esposa, mas
passado algum tempo, por alguma razão, normalmente por ciúmes, começam a ficar
brutos e estúpidos.
Quando o casal já tem filhos a esposa
sofre mais e, às vezes, as crianças também.
Todos os meses aparecem cinco
mulheres mortas, oito hospitalizadas e duas desfiguradas por violência
doméstica em Portugal.
Se os homens têm ciúmes e têm a mania
de decidir certas coisas pelas esposas ou mandar nelas, eu acho que deviam
controlar-se, porque não é com violência que se resolvem as coisas.
Uma relação não existe se houver violência
entre o casal, pois se estão juntos devem amar-se eternamente, ou seja, devem
ser queridos, românticos, mas acima de tudo devem confiar um no outro. Se esses casais lutarem pelo amor que sentem,
de certeza que a relação entre eles será perfeita, pois por amor somos capazes
de fazer tudo sem pensar duas vezes.
Situações de discriminação na escola
por Daniela Chaves Nº3 8ºA
Em todas as escolas há discriminação, por qualquer coisa, seja
pelo que for. Infelizmente é uma situação comum.
Os alunos são gozados pela forma como se vestem, pela sua
raça, etnia, pela sua aparência, forma de falar, por uma deficiência física, ou
até por uma qualquer característica física que os diferencia, como ter pele
muito clara, ter borbulhas, ou lábios finos, ou grossos.
Onde costuma acontecer mais é no recreio e as vítimas são, por
exemplo, os imigrantes que vêm para uma nova escola, os mais novos, os ciganos,
os que são gordos, ou quaisquer outros, porque ninguém está totalmente a salvo.
Quem pratica estas ações são por norma os alunos e alunas mais velhos e os mais
populares.
Por vezes, quando veem imigrantes, ou alunos de outras raças,
fazem questão de lhes dizer que ninguém gosta deles e que não querem ser amigos
deles e, por vezes, geralmente mais os rapazes, começam a praticar bullying
para com eles, gozando com o seu modo de vestir, o seu sotaque, da sua raça ou
etnia. Basta ter pele morena para que lhe chamem “preto”, basta não ser magra
para que lhe chamem “gorda”, ou “pote”. Isto afeta os jovens e pode fazê-los
sofrer imenso, baixa a autoestima e faz mudar comportamentos, prejudicando a
sua saúde física e mental.
Eu acho que é bom falar do tema, nas aulas, em casa, com os
amigos, falar e procurar soluções, para os agressores entenderem que estão a
fazer mal, para não cometerem repetidamente os mesmos erros. E também acho importante
aconselhar as pessoas a procurar ajuda, a denunciar quem os maltrata ou humilha.
E mais importante ainda, que ninguém finja que não vê.
2014/2015
Português - 3º ciclo
Trabalhos/Textos produzidos por alunos da Professora Manuela Almeida
Querido Diário - Joana Figueiredo - 8º B
Quem sou eu ? - João Pereira - 8º A
Quem sou eu? - João Tomás - 7º A
Feliz Natal - Joana Figueiredo - 8º B
Literatura Portuguesa
Trabalhos cedidos pela Docente Lurdes CoelhoFILOSOFIA E PSICOLOGIA
Trabalhos produzidos no âmbito da Disciplina de Filosofia e Psicologia, com a Docente Susana Pinto, de acordo com as normas APA de Referências Bibliográficas e Citações, com a participação da Professora Bibliotecária em sessões/aula de trabalho sobre Literacia da Informação.
Trabalho de
Maria Almeida - 11º A
Ciência e fé
“Crê para compreender; Compreende para
crer.” (Santo
Agostinho, 332 d. C.)
O excerto apresentado toma por tema a relação de
compatibilidade entre ciência e fé, sendo formulado o seguinte problema: Serão
a ciência e a fé compatíveis?. ler mais LITERATURA PORTUGUESA(PIL)
2012/2013
Consulta os livros digitais realizados no âmbito do projeto Interdisciplinar de Leitura e Escrita "Pela leitura é que vamos" promovido pela Biblioteca Escolar para os alunos do 8º ano.
2010/2011 - A obra escolhida foi Uma questão de cor, Ana Saldanha
2011/2012 - A obra ecolhida foi O mundo em que vivi, Ilse Llosa
http://www.myebook.com/index.php?option=tag&tag_id=135640&status=ns
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À procura de ti
Por Maria Almeida, 10ºA
Professora: Clara Esteves
Fiquei parada. Esperei que o vento levasse consigo todas as minhas preocupações. Mas de nada valeu.
Corri. Parei. Voltei a correr. Deixei-me percorrer pela mágoa que me devorava o corpo. Pela dúvida, a incerteza, o desconhecido. Até que o cansaço me deteve.
Então, senti o meu corpo flutuar, a dor desvanecer-se e o pânico desolar-se da minha alma. O conceito de sofrimento converteu-se, pouco a pouco, em algo oculto e inexistente. A tristeza deu lugar a uma calmaria infinita, comparável ao rebentar das ondas do mar na praia. Senti-me mergulhar num terno abraço profundo, na magia de um coração puro, na veracidade de um sorriso completo e de palavras cristalinas.
As preocupações acabaram. Senti-me leve, pela primeira vez. E aí, aí vi-os… Enxerguei os seus olhos: Verdes, duas lagoas fundas e intensas. Percorri-lhe o rosto, detive-me nos seus lábios e agarrei-lhe as mãos, com força e determinação. Apercebi-me do calor do seu corpo, do desejo que ele emanava e limitei-me a entregar-me por completo. As minhas maçãs do rosto amadureceram, fervendo e corando. Eu queria-o. Desejava-o. Amava-o totalmente! E sabia que ele assim mo retribuía. No dobro, possivelmente. Não podia negá-lo, não valia a pena lutar contra sentimento tão árduo e magnificente.
Fui invadida pelo perfume doce de um botão de rosa vermelho, por uma lufada de ar fresco e um formigueiro quente e breve.
O ar cheirava a rosmaninho, terra molhada e relva aprazível. Raios de sol ameno, oriundos das poucas entranhas daquele sítio com baixa luminosidade, batiam-me na face. “Sinais da primavera”- pensei.
Lentamente, reconquistando a consciência, acordei. Fraca e sem forças, contudo, serena. A dor já não me anestesiava as veias, as lágrimas já não eram gélidas, mas sim secas, impedindo o congelamento do sangue. O meu coração batia lenta, mas freneticamente.
Nesse momento, olhei para o lado, na esperança de o encontrar. Esperança essa em vão, pois ele tinha realmente partido. Para sempre. E tudo não passara de um sonho tranquilo e irreal. Mas porquê? Qual a razão que me levara a abrir os olhos e procurá-lo no vazio do bosque imenso, cor de musgo e húmido, onde, outrora, caíra num sono intenso, só e abandonada? Porque procurara eu resposta a uma pergunta que não estava preparada para realizar?
Entretanto, decorrendo com diferentes níveis de rapidez, o tempo passou e a sua ausência é já uma constante na minha vida. Oprimo lágrimas que tenho vontade de jorrar, gritando em silêncio para que todos possam ouvir a minha dor.
Vivo na esperança ingénua de que um dia ele volte. Necessito desse ser humano, que, no fundo, é a minha essência, para poder ser completa, pois tudo o que aporta no meu cais está, de alguma maneira, relacionado com ele.
Maria Almeida
LER
por
Nicole Oliveira, nº 22 10ºA
Nicole Oliveira, nº 22 10ºA
Professora: Clara Esteves
Ler...
Ler!
Ler?
Podemos usar esta palavra de todos os tipos: afirmativo, imperativo, interrogativo...
Mas o seu significado é só um: VIVER! Viver histórias, amores, tragédias, dramas, aventuras, ação, comédia...viver a vida!
Viver o momento, o passado, o presente, o futuro...viver a vida!
Ler é o passaporte para um mundo mais simples, mais explícito, mais leve, mais organizado, mais limpo...um mundo, simplesmente, maior!
Devemos ler para alargar os nosso horizontes e para ter mais percetibilidade das ideias, das questões, das respostas, de tudo...porque um bom leitor exerce a capacidade de ver as coisas de forma mais simples. Quem lê é mais feliz e sente a presença das letras, é abraçado pelas frases e aconchegado pelas palavras. Mas aquele que não lê, sente a solidão a entrar dentro de si, sente a monotonia do comum e o frio de tudo aquilo que já é conhecido.
Facilmente se diferencia entre duas pessoas, a que lê e a que não sabe o que é ler!
Voltando à palavra ler...ler é brincar com as letras, saltar com as palavras e voar com as frases pelo mundo da fantasia. Pois então, quem não abre um livro, também não brinca, não salta e não voa! Fica agarrado ao chão, preso na sua própria teimosia e acorrentado às prateleiras vazias.
E agora? Quem achas que é mais feliz?
É sem dúvida, aquele que transforma a vida numa aventura, desfolhando as páginas de um livro!
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Publish at Calaméo or browse others.
O que escreveram sobre o livro alunos e professores no Dia Mundial do Livro
(23 de Abril de 2010)
Os livros são uma excelente companhia
Um livro só está completo quando o leitor o lê.
Ler um livro é sonhar. Sonhar é viver. Ler um livro é brincar, voltar a nascer.
Sílvia e Kátia – 7º C
Ler é poder viajar por mundos inimagináveis, sítios desconhecidos. É ter a capacidade de explorar sonhos perdidos! Ler dá-te asas para voar, para poderes observar o que os teus olhos não podem alcançar. Não Lês? Devias!
Tifany – 8º B
Por falta de espaço e de expressões, pouco tenho a dizer sobre um livro. Sei que: tem capa, letras e histórias, imagens, cores e quem sabe, memórias.
Sei também que: não fala, não grita, mas chora se por acaso o homem não o devora.
Já que leste este poema, aprende o seguinte lema:
Um livro na estante, desperdício constante.
Já a leitura é sinónimo de cultura!
Ekaterina
Os livros são o princípio dos sonhos!
Sofia – 7º D
O livro é um amigo em que se pode confiar. Com ele sonhas, imaginas para o poderes amar!
Sofia Spormann
Um livro é um jardim carregado no bolso. E cada palavra é um mistério, e cada mistério uma aventura.
É preciso ler e guardá-lo.
Ler um livro é dar e receber.
É partilhar e aprender.
Viver sem ler, é como… morrer sem crescer.
Um livro é uma história, é um mundo; é um lago sem fundo para guardar na memória!
(Ângela, Diana, Cristina, Ália – 8º B)
Não leio muito, vou, no entanto, procurando ultrapassar essa minha “deficiência”, pois sei que um bom livro me abre horizontes, aprofunda o meu “olhar as coisas”.
Se leio liberto-me de mim e fico mais desperta para o mundo e mais disponível para a vida.
Prof.ª Alice Barbosa
Louvem
Inventem
Vençam
Respirem
Ousem
Um livro…
Cria universos
Regenera a alma
Fomenta a harmonia
Destrói a arrogância
Cultiva a humildade
Gera solidariedade…
Entre gerações!
Irradia sabedoria
Espalha o Amor
Dá-nos a Paz!
Prof. Luís Almeida
E assim se fez história
Uns leram, outros ouviram,
Bateram palmas, sorriram.
Foi bom? Foi bom.
A alma engrandece
Sempre que algo de novo
Se realiza
E já dizia o Pessoa
“Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena”
Nós temos a alma grande
E ficámos um pouco
Mais ricos.
Prof. Marina Serra
A vida é..
A vida é uma corrida sem parar composta por três passos, o nascimento, o amadurecimento e a morte. O importante é acreditar nela e nunca desistir, olhar sempre em frente com um sorriso nos lábios e um brilho nos olhos, porque tudo vale sempre a pena e, por isso, todos os nossos pequenos grandes problemas servem sempre para nos ensinar algo novo, algo que de outra forma não poderíamos descobrir.
A vida é natureza dos encantos, a abundância da biodiversidade que constitui um equilíbrio perfeito, uma beleza extraordinária em cada cantinho, que precisa que a deixe apenas crescer até florir.
…é o que nós quisermos fazer dela e, por isso, se quisermos que seja bela por que não embelezá-la, por que não dar-lhe asas para esvoaçar e deixar que ela percorra os céus do nosso planeta inteiro, suavemente, olhando bem cá para o fundo com um brilho encantador, sem nunca mais encontrar fim.
Então, sendo a vida um sonho e os nossos sonhos concretizados, não nos podemos esquecer que o importante é usar todas as garras e mais algumas e pegar-lhe pelas asas deixando-nos levar pelo sopro do vento ao sabor da felicidade.
Isaura Silva - 10º B
A vida é...
…uma montanha russa de emoções, experiências, um reboliço constante e uma maré inconstante de encontros e desencontros.
Não podemos definir a vida numa só palavra. É algo impossível, um desafio às leis da física… Afinal a vida é toda uma passagem neste mundo desde que nascemos até que morremos. E mesmo aí…será que acaba?!
O que é a vida afinal? Um presente, acho! Não, não vem embrulhado com o papel normal de embrulho, não nos é oferecido pelos anos, e só o recebemos uma única vez, aliás… por mais que uns tentem não tem preço, e por mais que uns peçam ou chorem por isso, não vem com talão para troca!
É complicado isto de dizer o que é a vida… vivemo-la, aproveitamo-la, rimo-nos dela e, nos momentos mais complicados, choramos, gritamos da nossa própria desgraçada, originamos um rio de lágrimas e de tristeza só nosso e que ninguém, por mais que tente, nos consegue tirar!
Consegue ser mesmo má esta vida, é capaz de nos pôr completamente em baixo, fazer-nos sentir lixo, ervas daninhas de uma sociedade imperfeita!
Por outro lado, quantas foram as vezes que a vida me fez rir às gargalhadas? Sorrir do improvável, levantar-me daquele abismo em que outrora me encontrei, sentir-me capaz de reinar o meu próprio mundo?
A vida é o que eu dela fizer e neste momento fiz delas puras, verdadeiras e simples reticências …
Mariana Roque Gonçalves - 10ºB
Se eu pudesse mudar o mundo...
Se eu pudesse mudar o mundo, todos os dias choveria música, e as pessoas viveriam a dançar. A dançar nasceriam, cresceriam e até ao morrer dançariam…
Todas as flores seriam amarelas e muito, muito grandes. E nelas viveriam as pessoas e os animais.
Toda a gente saberia sorrir.
Se eu pudesse mudar o mundo nunca ninguém iria aprender o que é guerra, nem o que é sofrer. Não seriam precisas prisões, nem tribunais.
Se eu pudesse mudar o mundo, este seria como um berlinde… Perfeitamente redondo e transparente. Não haveria ninguém a olhar para as coisas sem realmente as ver, e todos seriamos iguais. Nunca ninguém adoeceria, e toda, toda a gente viveria no Paraíso, pois seriamos escravos dos nossos próprios sonhos.
Quando eu puder mudar o mundo, com certeza estarei a sonhar… E a sonhar, viverei dançando!
Mariana Santos Guerra - 10ºB.