04/05/2011

Livro do mês


 Felizmente há luar!


Felizmente há Luar!, de Luís De Sttau Monteiro é um documento importante sobre um período da nossa história.
Partindo duma duplicidade temporal, o tempo da história (1817) e o tempo da escrita (1961), assistimos a uma excelente análise do período de regime fascista, em Portugal.
O título é, desde logo, sugestivo para analisar as várias perspectivas existentes na obra. Quando D. Miguel Forjaz, após a prisão de Gomes Freire de Andrade, diz Felizmente há luar! deixa de forma intimidatória o alargamento da mensagem a outros conspiradores. O clima é de repressão, medo… Por sua vez, no final da peça, assume uma dimensão quase mágica, simbolizando a esperança, a mudança necessária, na voz de Matilde.

Olhem bem! Limpem os olhos no clarão daquela fogueira e abram as almas ao que elas nos ensina!
Até a noite foi feita para que a vísseis até ao fim… (Monteiro, 1999:140)

O simbolismo, os contrastes são uma presença constante: a cidade de Lisboa é bem reflexo disso. Nas ruas prevalece a miséria, a falta de liberdade para nelas poder circular devido à presença constante da polícia que se faz anunciar pelos barulhos dos tambores…

                                          MANUEL
Sempre que há uma esperança os tambores abafam-lhe a voz…
Sempre que alguém grita os sinos tocam a rebate…
E cai-nos tudo em cima: o rei, a polícia, a fome… (Ibid.: 77)
                                             
                                           Professora Clara Esteves

Alguns links onde podes encontrar alguma informação sobre a obra Felizmente há luar!

Resumo da obra Felizmente Há Luar!


  Um blog que talvez interesse aos alunos do 12º ano  
(testes e fichas de trabalho para preparar os exames nacionais)

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