Por Ana Catarina Marques Gomes, nº2, 8ºB
Dois jovens primos e grandes amigos, Nils e Berit, separam-se depois de umas longas férias de verão, passadas na cidade de Fjaerland, interior da Noruega. Para continuarem a comunicar entre si, decidiram escrever um epistolário.
Desde o início que parecia haver algo de misterioso no diário que ambos vão redigindo. Ao comprá-lo numa livraria, Nils conhece uma mulher estranha, Lilli dos Livros, alguém que Berit e ele haviam visto de passagem durante as férias. A senhora faz questão de ajudar Nils a comprar o diário – uma esquisitice que ele não deixa de contar à sua prima na sua primeira “carta”.
Em Fjaerland, Berit põe-se a seguir Lilli dos Livros. Diante da casa da senhora, a miúda “furta” um pequeno envelope da caixa de correio de Lilli que menciona um alfarrabista e que nesse local se guardariam não apenas livros raros, mas também livros ainda não publicados, e um desses livros refere-se a uma certa “biblioteca mágica”.
Ao longo do diário, os dois primos vão investigando e perseguindo Lilli, na tentativa de encontrar pistas e desvendar o seu segredo. Além dessa senhora misteriosa, havia também um indivíduo que perseguia Nils. Em qualquer circunstância ou local que este se encontrasse, o tal indivíduo rondava, com os olhos fixos no epistolário, deixando Nils desconfortável e assustado. Ao relatar este estranho aparato, os dois primos deram-lhe a alcunha de “Zombeteiro”.
No fim de muitas perseguições e desavenças, os dois primos, finalmente, encontram a tão desejada “Biblioteca Mágica” onde estava presente Lilli dos Livros. Esta, aos poucos, foi explicando o porquê de todo aquele enredo, o porquê de ter ajudado Nils no pagamento do epistolário, o porquê do Zombeteiro estar constantemente a persegui-los e o porquê de ela ter tanto interesse no seu diário. Tudo tinha uma explicação: Lilli tinha recebido um comunicado oficial da comissão organizadora do “Ano do Livro – 1993”. Esta organização pretendia um livro cuja temática fosse a literatura e a importância do livro e que deveria ser distribuído a todos os alunos do 2º e 3º ciclos das escolas norueguesas. O interesse de Lilli pelos dois primos nascera quando Nils e Berit, durante as férias de verão, escreveram uma poesia:
“Aqui, a aproveitar o sol de verão
Bebemos Coca-colas bem geladas.
Nils e Berit, nossos nomes são,
E as férias ainda não estão acabadas,
Cá no alto há paz, tranquilidade,
Não queremos voltar à cidade!”
Lilli ao ler esta bonita poesia que os jovens escreveram no livro de visitas em Flatbre (o local onde estes passaram as suas férias), decidiu dar uma oportunidade aos dois primos de escreverem o tal livro para o “Ano do Livro – 1993”. Lilli dos Livros também explicou que o livro sobre a “Biblioteca Mágica” foram eles que escreveram, ela apenas se limitou a acender uma ou outra luz na escuridão, ou seja, ajudar na construção da história, porque de resto, todos os enredos, teorias e a própria história, foram Nils e Berit que inventaram.
Ana Catarina Marques Gomes, nº2, 8ºB
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