20/02/2012

Concurso Nacional de Leitura

A segunda fase do Concurso Nacional de Leitura realizar-se-á em Tondela, na Biblioteca Municipal Tomás Ribeiro.
De acordo com  a notícia online, na página Web da Câmara Municipal de Tondela, as obras selecionadas são as seguintes:


3º ciclo





Losa, Ilse (2011). O mundo em que vivi. Lisboa:  Edições Afrontamento. 






Críticas de imprensa
"Numa escrita inexcedivelmente sóbria e transparente, e através de breves episódios, este romance conduz-nos em crescendo de emoção desde a primeira infância rural de uma judia na Alemanha, pelos finais da Primeira Grande Guerra Mundial, até ao avolumar de crises (inflação, desemprego, assassínio de Rathenau, aumento da influência e vitória dos Nazistas) que por fim a obrigam ao exílio mesmo na eminência de um destino trágico num campo de concentração. Há uma felicíssima imagem simbólica de tudo, que é a do lento avançar de uma trovoada que acaba por estar "mesmo em cima de nós". Assistimos aos rituais judaicos públicos e domésticos, a uma clara atracção alternativa entre a emigração para os E.U. e o sionismo. Fica-se simultaneamente surpreendido pela correspondência e pelas diferenças entre o adolescer e o viver adulto em meios culturais muito diversos, pois há relances de vida religiosa luterana, católica e de agnosticismo à margem da experiência judaica ortodoxa. Perpassam figuras familiares de recorte nítido: os avós da aldeia, o pai, negociante de cavalos, desfeitado por anti-semitas e falecido de cancro, os tios progressistas Franz e Maria, o avô Markus, a amorável avozinha Ester (Kleine Oma), Paul (o jovem quase-namorado que se deixa intimidar pelo ambiente), Kurt (o jovem enamorado assolapado, culto e firme nas suas convicções). A acção é desfiada numa sucessão de fases biográficas progressivamente dramáticas - e nós acabamos por participar afectivamente de um destino ao mesmo tempo muito singular e muito típico, que bem nos poderia ter cabido. Um romance de características únicas na leitura portuguesa - e emocionalmente certeiro".
Óscar Lopes





Sepúlveda, Luís (   ). História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar. Porto: Porto Editora.






Sinopse
Esta é a história de Zorbas, um gato grande, preto e gordo. Um dia, uma formosa gaivota apanhada por uma maré negra de petróleo deixa ao cuidado dele, momentos antes de morrer, o ovo que acabara de pôr. Zorbas, que é um gato de palavra, cumprirá as duas promessas que nesse momento dramático lhe é obrigado a fazer: não só criará a pequena gaivota, como também a ensinará a voar. Tudo isto com a ajuda dos seus amigos Secretário, Sabe tudo, Barlavento e Colonello, dado que, como se verá, a tarefa não é fácil, sobretudo para um bando de gatos mais habituados a fazer frente à vida dura de um porto como o de Hamburgo do que a fazer de pais de uma cria de gaivota...

Na trama central de História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar estão impregnadas as principais marcas ideológicas que nos habituámos a ver no discurso de Sepúlveda: a defesa do meio ambiente, a solidariedade, a aceitação e integração das diferenças. 
Uma fábula contemporânea com a força de uma parábola, a exibir uma das melhores facetas da escrita do autor. 



Ensino secundário





 Queiroz, Eça de ( ). O mandarim. Porto: Porto Editora.








Resumo
O narrador desta novela é Teodoro, bacharel e amanuense do Ministério do Reino. Mora em Lisboa, na pensão de D. Augusta, na Travessa da Conceição. Leva uma vida monótona e medíocre de um pobre funcionário público que suspira por uma ventura amorosa, por um bom jantar, num bom hotel, mas que tem pouco dinheiro.
Teodoro não acredita no Diabo nem em Deus, mas é supersticioso e reza a N. Sr.ª das Dores.
Um dia descobre, numa Feira da Ladra, um livro com a lenda do Mandarim, segundo a qual um simples toque de campainha, a uma certa hora, mataria o Mandarim e faria dele herdeiro dos seus milhões. O Diabo aconselha-o a tocar a campainha. Tocará a campainha e será rico.
Começa então, uma vida de luxúria e dissipação. As mulheres são o seu fraco, logo é traído por Cândida, que o troca por um Alferes. Logo se aborrece permanecendo em si o sentimento de culpa do Mandarim que assassinara.
Viaja pela Europa e Oriente. Depois, decide partir para a China, pensando em compensar a deserdada família do falecido Mandarim. Tudo corre mal. Tenta em vão fugir dos remorsos.
Regressado a Lisboa tem visões com o Mandarim. Acaba por pedir ao Diabo que ressuscite o Mandarim e o livre da fortuna. Teodoro, deixa a sua fortuna ao Diabo, em testamento. Volta à sua vida de aborrecimento e saciedade, considerando finalmente, que "só sabe bem o pão que dia-a-dia ganham as nossas mãos".
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Márquez, Gabriel García (  ). Crónica de uma morte anunciada. Lisboa: D. Quixote.







Sinopse
Vítima da denúncia falaciosa de uma mulher repudiada na noite de núpcias, o jovem Santiago Nasar foi condenado à morte pelos irmãos da sua hipotética amante, como forma de vingar publicamente a sua honra ultrajada e sob o olhar cúmplice ou impotente da população expectante de uma aldeia colombiana: é esta a história verídica que serve de base a este romance, e que, logo nas suas primeiras linhas, é enunciada.
A capacidade de Gabriel García Márquez em reconstruir um universo possuído pela nostalgia, mágica e encantatória da infância e a sua genial mestria em contar histórias fazem deste romance mais uma das obras-primas que consagraram definitivamente este autor.

(Plano Nacional de Leitura - Livro recomendado no programa de português do 9º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada na sala de aula - Grau de Dificuldade II).
Lê o texto completo (em Português do Brasil)

García Márquez Cronica de uma morte anunciada pdf
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14/02/2012

Dia de S. Valentim

Trabalharam bem, os alunos do 7º A.
Parabéns!













Escrever mensagens de S. Valentim foi outra atividade que levou os utentes da Biblioteca  a refletir sobre o AMOR. 
Assim, brevemente publicaremos as missivas que hoje deixaram na Biblioteca.




Dia de S. Valentim

 Dia dos Namorados
A Equipa da Biblioteca celebra o AMOR recriando a tradição dos lenços dos namorados. Divulgamos a sua história junto da comunidade escolar e convidamos os mais pequenos a elaborar réplicas dos famosos e coloridos lenços: 
Esperamos o resultado do desafio.
Por agora, aqui fica  história:



"Lenços dos namorados" ou "Lenços de pedidos"

«Os Lenços de Amor ou de Namorados têm a sua origem nos lenços senhoris dos séculos XVII e XVIII e foram posteriormente adaptados pelas mulheres do povo. Numa primeira fase, começaram a ser usados como adereço do traje feminino passando mais tarde a peça integrante do enxoval que a moça começava a preparar na infância. Entre lençóis e atoalhados era comum bordar-se um lenço subordinado ao tema do AMOR depois de concluído era usado pela autora na bainha da saia ou no bolso do avental e mais tarde seria oferecido ao rapaz por ela escolhido».

Desde sempre, os portugueses partiram: ou para ganhar o sustento noutro lugar, ou para a guerra, ou para embarcarem em navios na aventura da Expansão

Na hora da despedida, em certas regiões do norte de Portugal, era “obrigatório” a rapariga apaixonada oferecer um lenço ao namorado. Lenço bordado por ela, com uma quadra da sua autoria. Se bordava com erros ortográficos, isso era um pormenor insignificante, o que contava - e conta - são os sentimentos.

“Os lenços eram uma espécie de anéis de noivado, na medida em que o seu uso por parte do homem significava aceitar o compromisso com a moça que o bordou. Eram uma declaração de amor que as “moças em idade casadoira” ofereciam como uma prenda entre namorados. Este, por sua vez, para assumir publicamente o compromisso, usava-o por cima do casaco domingueiro, no bolso, ou ao pescoço”.
Os símbolos mais comuns que encontramos nos lenços estão direta ou indiretamente ligados ao seu tema chave: o AMOR. Corações, motivos florais, chaves, pássaros e ramos. “Encontramos também silvas que são adornos bordados em forma de cercadura que imitam motivos florais e são também utilizadas para as orlas dos lenços”.

«Quando uma jovem era nomeada mordoma, o namorado mandava fazer um lenço com lindos bordados, incluindo juras de amor e de fidelidade, para lhe oferecer no dia da festa. A mordoma usava essa delicada prenda para segurar a vela enfeitada com que desfilava na procissão. O mesmo lenço viria a ser usado no dia do casamento para segurar o ramo de noiva, e mais tarde para cobrir o rosto após sua morte».




Justificação dos erros nos lenços



Raros são os lenços que não apresentam um ou dois dizeres, onde os erros de ortografia reinam, pois lembremos que a maioria das bordadeiras não sabiam ler nem escrever, limitando-se a copiar as letras e palavras de marcadores já elaborados.

Nestas quadras não se pode procurar concordância ou respeito pelas regras de ortografia. Há letras invertidas, letras que faltam ou que sobram, outras indecifráveis daí que seja necessário interpretar estes dizeres tão próprios do povo do Minho.

No entanto as quadras têm um elo em comum: o Amor, a temática subjacente à própria natureza dos Lenços de Namorados, onde é, na maioria das vezes, expressa por uma promessa de amor, como podemos constatar nas quadras seguintes:
E tan certo eu amarte
Como o lenço branco ser
Só deixarei de te amar
Cuando o lenço a cor perder

O meu coracao
so a ti adora
So por ti suspira
 so por ti chora

Bai lenco da minha mao
Bai currer a freguesia
Bai dar em formações
Da minha sabeduria

Méu curação lial quem
Mo qizér amar
Merserá gárnde
Castigo quem no cizér falsiar

Aqui tens meu coração
E a chabe pró abrir
Num tenho mais que te dar
Nem tu mais que me pedir.

Bai carta feliz buando
Nas asas dum passarinho
Cando bires o meu amor
Dále um abraço e um veijinho

Meu Manel bai pró Brasil
Eu tamen bou no Bapor
Guardada no coração
Daquele quê meu amor


02/02/2012

Dia dos crepes

 Na Escola Secundária de S. Pedro do Sul, a tradição francesa foi muito bem acolhida por toda a comunidade escolar. 
Pela quantia quase simbólica de 1€ pudemos apreciar crepes quentinhos,  recheados de chocolate, de geleia de morango, ou apenas polvilhados com açúcar e canela.
Todos muito saborosos.
E ainda "com água na boca", esperamos que no próximo ano o Grupo de Francês (Departamento de Línguas) nos proporcione mais um dia de saborosos crepes.








Lançamos aqui um desafio aos alunos da Escola Secundária de S. Pedro do Sul:

Por que houve crepes na Escola?

Descubram, traduzindo este pequeno texto.
02 février - LA CHANDELEUR
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«Le 2 février, tous les Français feront sauter des crêpes...
C'est à la Chandeleur (du mot "chandelle", symbole de la Lumière, soit de Dieu), 40 jours après Noël, que l'on célèbre plus ou moins consciemment la Présentation de Jésus au temple et la Purification de Marie -pour le côté chrétien.
A cela se mêlent d'anciens rites païens liés à la fertilité et à la fécondité chez les Romains, à la purification chez les Celtes, à la fin de l'hiver et le rite de la lumière...
A l'église, il y a procession aux chandelles et bénédiction.
Mais de façon plus générale, c'est la coutume de cuire, de faire sauter et de manger des crêpes qui reste la plus vivante: la crêpe symboliserait ainsi le Soleil et la lumière qui revient après l'hiver...
Si vous n'avez pas l'occasion d'aller en Bretagne, pays des crêpes et galettes, faites-en vous-même, avec des amis ... et n'oubliez pas de les faire sauter avec une pièce dans la main (l'autre main) afin de vous assurer prospérité toute l'année !!!»
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Enviem-no para o seguinte endereço: biblioteca@essps.pt.


Ficamos à espera das traduções.


A mais correta terá direito a um prémio-surpresa.