Longe…
Longe… Longe vão os sonhos…
Longe os recados na mesinha de cabeceira…
Longe estão as brincadeiras até de madrugada…
Longe ficaram as promessas egoístas…
Pedi um pequeno espaço no mundo,
Pedi força para subir pelas paredes,
Chegar ao topo e gritar, até me sangrar a voz…
Não quis rosas vermelhas,
Nem espinhos que me matassem,
Somente aguardei nas escadas
O suicídio do pequeno mundo
Que vedava os corpos choramingas...
Desejei ser anjo negro,
Desejei ser anjo negro,
VOAR de noite e pela noite morrer…
Esconder-me nos perigos, e nos perigos sobreviver…
Quis desmaiar enquanto o sol passava,
Quis regressar com o silêncio…
Mas querer não bastou,
Não consegui ser maior…
Acabei por rasgar as folhas das ilusões,
Queimei as frases feitas de imagens vitoriosas,
Limitei-me apenas a um sinal feroz de mim
E esperei que o sentimento me libertasse,
Até eu libertar o que sentia.
18 de Março de 2010
Catarina Nascimento Ribeiro, 10ºF
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