O Amor infinito de Pedro e Inês
Neste romance de Luis Rosa não é só o tema que nos deleita, pela sua força inspiradora ao narrar uma das mais trágicas paixões que a nossa memória colectiva jamais esqueceu. É também a vibração da escrita de Luis Rosa que nos faz seguir página a página, numa leitura sem quebras, dando-nos o testemunho de um escritor que sabe contar como poucos.
Luis Rosa tem esse dom de transmitir as emoções, dando-lhes uma força e comunicabilidade que dir-se-ia estabelecer uma relação de cumplicidade entre autor e leitor. É como se a história estivesse a ser revivida por quem escreve e quem lê. E tudo isto sem esquecer o rigor histórico posto na investigação das personagens, do ambiente e sobretudo da intriga que culmina na tragédia que se abateu sobre o amor infinito de Pedro e Inês[1].
[1] http://www.cdgo.com/artigoDetalhe.php?idArtigo=4049222 (adaptado)
Um excerto da obra
“Conselheiros, fidalgos e oficiais de justiça subiram em turbamulta as escadas do paço. Vários homens agarraram Inês, que inutilmente esbracejava.
Alguém deu ordem ao algoz para que a degolasse. Depressa, para que o pensamento não pensasse mais, nem houvesse razões para adiamentos.
Afastaram-lhe os filhos em choro. E quando o algoz avançou, a bela mulher ainda fez um esforço de leoa cercada, para lhe cravar as mãos na veste do ofício medonho. Inútil. Outros lhe prenderam as mãos atrás das costas e a fizeram
vergar sobre o cepo.
O carrasco deu um golpe apenas, eficaz e certo, de quem sabia do ofício. Como ponto final do auto ficcionado de cruenta realidade.
Fez-se silêncio brusco. Aqueles que se não suportaram a si próprios fugiram espavoridos.
Há vidas que duram um momento. E momentos longos como uma vida. E vidas que o são para sempre. Mesmo depois de mortas.” (excerto da obra)
O Autor: Escritor Luis Rosa
Biografia: Luis Rosa é natural de Alcobaça, e licenciou-se em Filosofia, dispondo de várias formações multifacetadas, particularmente na área da gestão, exercendo elevadas funções numa grande empresa portuguesa. Desenvolveu também uma intensa actividade como docente. É membro da Academia Portuguesa de História. O primeiro romance de Luis Rosa, O Claustro do Silêncio, foi desde logo a sua consagração, ao ser distinguido com o Prémio Vergílio Ferreira. Seguiu-se-lhe O Terramoto de Lisboa e a Invenção do Mundo, que a crítica não deixou passar sem elogiosas referências e o público esgotou. O Amor Infinito de Pedro e Inês, romance de grande densidade sobre um tema esplendoroso da nossa história, tem sido objecto de sucessivas edições.
Em Bocage – a Vida Apaixonada de Um Genial Libertino projecta-se o poeta na totalidade das suas dimensões. Ambas as obras receberam por parte do público e da crítica o mesmo entusiástico acolhimento.
Bibliografia:
ROSA, Luis (2009) O Amor infinito de Pedro e Inês, Editorial Presença, Lisboa.
Neste romance de Luis Rosa não é só o tema que nos deleita, pela sua força inspiradora ao narrar uma das mais trágicas paixões que a nossa memória colectiva jamais esqueceu. É também a vibração da escrita de Luis Rosa que nos faz seguir página a página, numa leitura sem quebras, dando-nos o testemunho de um escritor que sabe contar como poucos.
Luis Rosa tem esse dom de transmitir as emoções, dando-lhes uma força e comunicabilidade que dir-se-ia estabelecer uma relação de cumplicidade entre autor e leitor. É como se a história estivesse a ser revivida por quem escreve e quem lê. E tudo isto sem esquecer o rigor histórico posto na investigação das personagens, do ambiente e sobretudo da intriga que culmina na tragédia que se abateu sobre o amor infinito de Pedro e Inês[1].
[1] http://www.cdgo.com/artigoDetalhe.php?idArtigo=4049222 (adaptado)
Um excerto da obra
“Conselheiros, fidalgos e oficiais de justiça subiram em turbamulta as escadas do paço. Vários homens agarraram Inês, que inutilmente esbracejava.
Alguém deu ordem ao algoz para que a degolasse. Depressa, para que o pensamento não pensasse mais, nem houvesse razões para adiamentos.
Afastaram-lhe os filhos em choro. E quando o algoz avançou, a bela mulher ainda fez um esforço de leoa cercada, para lhe cravar as mãos na veste do ofício medonho. Inútil. Outros lhe prenderam as mãos atrás das costas e a fizeram
vergar sobre o cepo.
O carrasco deu um golpe apenas, eficaz e certo, de quem sabia do ofício. Como ponto final do auto ficcionado de cruenta realidade.
Fez-se silêncio brusco. Aqueles que se não suportaram a si próprios fugiram espavoridos.
Há vidas que duram um momento. E momentos longos como uma vida. E vidas que o são para sempre. Mesmo depois de mortas.” (excerto da obra)
O Autor: Escritor Luis Rosa
Biografia: Luis Rosa é natural de Alcobaça, e licenciou-se em Filosofia, dispondo de várias formações multifacetadas, particularmente na área da gestão, exercendo elevadas funções numa grande empresa portuguesa. Desenvolveu também uma intensa actividade como docente. É membro da Academia Portuguesa de História. O primeiro romance de Luis Rosa, O Claustro do Silêncio, foi desde logo a sua consagração, ao ser distinguido com o Prémio Vergílio Ferreira. Seguiu-se-lhe O Terramoto de Lisboa e a Invenção do Mundo, que a crítica não deixou passar sem elogiosas referências e o público esgotou. O Amor Infinito de Pedro e Inês, romance de grande densidade sobre um tema esplendoroso da nossa história, tem sido objecto de sucessivas edições.
Em Bocage – a Vida Apaixonada de Um Genial Libertino projecta-se o poeta na totalidade das suas dimensões. Ambas as obras receberam por parte do público e da crítica o mesmo entusiástico acolhimento.
Bibliografia:
ROSA, Luis (2009) O Amor infinito de Pedro e Inês, Editorial Presença, Lisboa.
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